quarta-feira, 25 de maio de 2011

Texto para a reunião do grupo de Comunicação Espiritual

"A partir do momento em que a ilusão te ofender o viver, crê que a venda te
será retirada na rudeza necessária dos sofrimentos e dificuldades."
Emmanuel

       Quantas e quantas idéias surgem nas almas a que possam alcançar a plena felicidade, aquela em que se assentem valores nítidos das compensações materiais e dos benefícios dos zelos físicos, principalmente, os oriundos às seduções físicas e abastadas nos vínculos terrenos mais modernizados, entretanto, tantas vezes, cruéis, pois as inúmeras consequências virão sob contínuos e duros exercícios, justamente, a lhes provar o quanto lhes é dado e o quanto, por múltiplas vezes, desperdiçam ou não se conscientizam da plenitude outorgada a melhor se modelarem em virtudes, moral e caráter!          Alinhando, desta forma, ideais no mundo terreno, num esquecimento das propostas de plano espiritual, os seres se permitem envolver nas elaborações materialistas e exigem tanto de si mesmos, quanto dos que lhes rodeiam e detém uma convivência mais próxima. Conquanto livres a arbitrar na vinda a uma nova encarnação, sabemos o quanto a luta em plano espiritual onera a sensibilidade do Espírito, trazendo os devidos remorsos e sentimentos áridos de uma não vivenciação mais aprofundada nos deveres que deveria ter cumprido ou mesmo, numa maior atenção a cada alma, respeitando-as e procurando compreendê-las mais e, lutando, assim, pelo seu próprio crescimento e libertação das algemas do passado em que ainda, provavelmente, estaria ligado.           Quando nos referimos a um bom conviver, coroado de êxitos e claridades espirituais, falamos da devida compreensão das almas a perceberem-se como seres infinitos num grande exercício na densa atmosfera da Terra, e não, seres eternos numa largueza de propósitos a se regalarem num progresso moderno, sem uma nítida percepção dos reais valores e virtudes tão necessários a serem trabalhados, numa grande disponibilidade do Criador, a nós, Seus filhos.          Como coroarmos melhor este viver atual, se a dimensão que nos tange já se encontra envolvida em rastros profundos de desamor, de malefícios e falta de reais valores?          Como conseguir ultrapassar a nós mesmos, quando ainda nos sentimos fugir das obrigações simples, dos deveres dentro de uma família ou mesmo no campo humano e social?
Como restringir nossas más tendências e ultrapassar os resíduos acumulados em nosso coração por falta de amor ou de compreensão? Como conseguir nos mostrarmos fieis aos irmãos que cooperam conosco na consanguinidade, ou mesmo aqueles que a nós lançam o melhor de si próprios? Como alcançar estas disposições mais perfeitas se o mundo nos oferece e nos envolve em conturbadas condições de trabalho, com físicos onerados de pretérito e com as próprias ditaduras da rudeza das origens bárbaras de tempos de maiores inconsciências espirituais e morais?
          Irmãos, sabemos o quão difícil é o conviver, principalmente, por nos trazermos, ainda, numa imperfeição espiritual, sem podermos auscultar o que, precisamente, viemos trabalhar.          Na realidade, em todos os tempos e séculos, as orientações chegaram aos seres terrestres, demonstrando o quanto o Pai nos observa e orienta. Entretanto, desde a criação das espécies, as almas foram, gradativamente, sendo despertas e trabalhadas, no sentido de um despertar maior de consciência e raciocínio, saindo da animalidade e dos distúrbios, a lhes sacudirem as vivências para uma simples sobrevivência do corpo físico, caminhando, assim, em direção a propostas de organizações mentais e estruturais mais aperfeiçoadas.          O conjunto do viver objetiva, nitidamente, o aprendizado ao conviver com todos os tipos de natureza, ultrapassando, assim, o ser humano, seus próprios desníveis e atingindo as plenas convicções de que é uma natureza em vivenciação continua e que importante, portanto, se tornam abrir suas percepções a captar melhor a origem da vida e das inúmeras propostas que ela nos traz, seja esta vida vivenciada em quaisquer que sejam os campos desse Universo.          Sabemos as inúmeras dificuldades de uma convivência, porém, irmãos, o Universo todo precisa aprender a lei do equilíbrio e das compensações, para que não se quebre o silêncio das vozes naturais das básicas instituições criadas pelo Pai.          Habitar esta esfera ou outra qualquer não fará diferença para as naturezas, pois todas estão nos mesmos níveis de aprendizado e adestramento, sensibilidades e estruturas, sendo a convivência o labor maior a ser observado e atingido.          A lógica no conviver deverá seguir etapas primarias e severas, tal como Jesus nos apontou em Suas parábolas e, mesmo, em Sua convivência nos palcos rígidos e insensíveis, o que nos demonstra, claramente, quando ele nos diz: “Amai o seu próximo como a si mesmo”, não?          Assim, tracemos um esquema de convivência a que possa ser observado e, melhor ainda executado.          Começaríamos por dizer que:          _ olhemos para nós no espelho a cada manhã e precisemos, o que somos, o que falaremos no contato com a primeira pessoa com quem nos encontrarmos, dentro ou fora de nosso lar. O que dizer, como dizer, o que trabalhar em nós: a linguagem, o olhar ou o lançar de sentimentos como um abraço e um beijo.           _ assim, já num cumprimento mais suave, vamos iniciar um diálogo. Mas, como será este diálogo: cobrando, declarando preocupações, dividindo-as com alguém ou nos fechando e não nos comunicando por, talvez, achar que a problemática seria, apenas, nossa? Então, o diálogo ficará maculado e as reticências surgirão, assim, como, também, a máscara facial se transformará, já, com isto, afastando maiores possibilidades de diálogo e entrosamento.          _ após as primeiras atuações do dia, o “toque de recolher” da fala e dos sentimentos, logicamente, irão onerar o restante das convivências, ao passo que, se a criatura colocar-se em comunicação direta a dividir com o parceiro ou familiares as dificuldades que lhe envolvem ou os objetivos a serem atingidos, num relacionamento irmão, tudo poderá ter uma continuidade diferente e mais amena.          _ irmãos, pais, mães, avós e avôs, todos se trazem numa mesma rede, numa interligação de vidas e sentimentos, porque a família consangüínea, ou de mútua vivenciação, foi constituída com objetivos claros a serem trabalhados a que melhor se entendam, pois a lei de causa e efeito fará o seu trabalho, movimentando cada alma dentro de suas respectivas necessidades e objetivos. Sendo assim, problemas e dificuldades precisarão ser divididos e adequados, a que o conjunto familiar melhor se atenda, se compreenda e se una.          _ as tantas outras “conexões” com seres afins precisarão ser trabalhadas, porque, além de serem necessárias, também, e, às vezes, muito mais às modificações dos seres, serão elas que ajudarão a que se efetive no íntimo da criatura o reajuste mais forte. Por quê? Simplesmente, porque os que não vivenciam dentro do âmbito familiar, não terão as tantas reservas ou debilidades que unem os consanguíneos, liberando, então, seu parecer e opiniões diversas, falas que poderão produzir efeitos profundos positivos ou negativos, alterações nos sentimentos ou no moral.          Talvez, achem que “os de fora” não irão alterar tanto o seu caráter e sentimentos, mas não se esqueçam que o conviver com tudo e com todos é que irá nos lapidando mais fortemente, pois o mundo é habitado por todo tipo de almas e, nem todas terão os mesmos cuidados e respeito como os consanguíneos, que, na maioria das vezes, têm com as almas queridas, sejam elas difíceis ou não, mas haverá sempre este forte elo da consanguinidade a toldar a visão de como é, verdadeiramente, o ser querido, assim tendo um cuidado maior a não melindrá-lo, o que estaria, também, muito errado.           _ sentir, diariamente, o que causa os efeitos de cada instante de convivência; observar esses efeitos em cada contato dentro e fora do lar, analisando-se, ao final do dia, sem colocar-se como vítima, ou melindrado por atitudes e palavras, desvelando-se em desculpas “esfarrapadas”.          _ a bem dizer, a coroação de um bom conviver virá após meses, anos ou mesmo quando a criatura, depois de passar pelos grandes dissabores e sofrimentos, conseguir ver, íntima ou parcialmente o seu próprio desempenho e dos outros tantos irmãos que lhes rodeavam. Até mesmo, estas observações mais detalhadas e profundas poderão ser visualizadas e entendidas após o desencarne, quando em plano espiritual esta análise for trazida por amigos espirituais, a lhe darem a oportunidade de revisão de suas próprias pospostas antes do reencarne e do que conseguiram alcançar.          Nítido se faz o burilamento de cada alma, seja em que tipo de convivência for, ou a esfera a qual ainda esteja ligado por afinidades vibracionais.          Todos nos trazemos sob a visão de estamos sendo manipulados por “algo” ou “uma força maior”, não é? Assim, também, toda e qualquer natureza, sendo, o mais importante, a conscientização da própria vida e de cada existência, pois em cada uma delas, iremos trazer alinhadas ao nosso corpo espiritual as causas e efeitos que nos cabem, como verdadeiros coautores de nossas estruturas e de todo o sistema energético fluídico ou denso, que nos faz movimentar e estabelecer ritmos mais perfeitos e harmônicos, a podermos habitar este Universo em relatividade de equilíbrio e amor.          Alinhar, pois, cada convivência será dever de cada natureza e o olhar para nosso próprio íntimo numa observação detida, real e sem ilusórios posicionamentos nos ajudará a crescer, a termos mais paciência, compreensão e respeito a nosso próximo.   

Henrique Karroiz02/05/2011
Mensagem psicografada por Angela Coutinho